Caixa explica como são feitas as avaliações nos imóveis


24/11/2014 - Fonte: Diário Sudoeste

O Diário do Sudoeste publicou na edição da última quarta-feira (19) uma matéria sobre o descontentamento de alguns proprietários quanto à avaliação feita por avaliadores da Caixa Econômica Federal em imóveis que supostamente se enquadravam no programa Minha Casa Minha Vida. Furacão deve se transformar em brisa Segundo os proprietários, em alguns casos os avaliadores estariam supervalorizando o imóvel, atribuindo a ele um valor maior do que o valor de mercado. O questionamento, no entanto, era quanto ao critério de avaliação dos imóveis exercido pelos avaliadores. Na oportunidade a Caixa de Pato Branco preferiu não se manifestar a respeito e encaminhou a questão para a regional de Cascavel, que, por sua vez, direcionou o assunto para a Caixa de Brasília. 

Ainda na quarta-feira (19) o Diário foi contatado por outro proprietário que contou estar passando pelo mesmo problema. O empresário Rodrigo Cordeiro disse que está vendendo duas casas iguais, de 57m2 cada, no bairro Fraron. As famílias interessadas em adquiri-los já estão com os cadastros aprovados na Caixa e aguardam a reavaliação dos imóveis, porque a avaliação feita em algumas semanas apontou o valor de R$ 132 mil para cada uma delas, porém, segundo Cordeiro, o suposto valor de mercado é de R$ 115 mil cada. O empresário, assim como os demais proprietários, questionam os critérios utilizados para avaliação. Método comparativo 

Na sexta-feira (21), a assessoria de imprensa da Caixa da Regional Oeste do Paraná, de Cascavel, repassou ao Diário as informações da Caixa Econômica Federal de Brasília sobre a questão. Segundo a assessoria, “com relação à avaliação de imóveis para fins de garantia de financiamento, a Caixa Econômica Federal esclarece que utiliza o método comparativo de informações de mercado, considerando ofertas de compra e venda na região do bem. De acordo com as Normas Brasileiras de Avaliação de Imóveis Urbanos, são utilizados critérios como localização, áreas, padrão de acabamento e estado de conservação da construção. A avaliação é realizada por avaliadores terceirizados, que seguem normas e padrões estabelecidos. 

Essas normas de avaliação minimizam a subjetividade do avaliador”. Divergências A Caixa esclarece ainda que “pode haver divergências entre duas avaliações de imóveis iguais, realizadas por avaliadores diferentes, sem que caracterize incoerência ou erro na análise. Para isso, trabalha-se com o conceito do valor mais provável, com uma determinada margem de erro. Dessa forma, a Caixa esclarece que o controle de qualidade dessas avaliações é feito por amostragem, pela equipe de engenharia do banco. 

No entanto, comprovada a má fé do avaliador, o banco toma as medidas cabíveis, que podem resultar em advertência, multa, rescisão contratual e inserção do avaliador terceirizado no cadastro de impedidos em contratar com o serviço público”. Demanda Questionada quanto ao número de avaliadores disponíveis em Pato Branco, a Caixa informou que três empresas terceirizadas atendem à demanda de avaliação de imóveis. “A distribuição das demandas é realizada de forma eletrônica e fila de distribuição única, conforme edital de contratação. A Caixa ressalta que não existe cota ou limite de unidades para financiamento na Faixa II do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) nas agências”, destacou.